15 de ago. de 2010

Que faço dessa solidão?








 O que faço da solidão, quando nos momentos que mais preciso tu não estás?

O que faço da solidão quando nos momentos de dividir sou eu só?


Perco-me na imaginação.

Disperso-me em sonhos.

Desfaço-me em devaneios e nada muda!


As marcas da distância me dilaceram o coração.

As cicatrizes da lembrança me doem.

As estocadas de tua ausência me ferem o peito.

Tentativas vãs são apenas paliativos.

Tal infante embarcado, busco consolo em mim mesmo.

Dou asas ao pensamento e me deleito com imagens forjadas.

Construo um castelos de nuvens. Nele és meus prazeres.

Quando ao calor do banho meu corpo se aquece,

Minhas mãos se tornam teu corpo.

Revivo atitudes da segunda infância e adolesço.

É no auge de meu sonho, embalado pelo desejo, eu jorro.

Desfaço a perpetuação de nosso amor.

Meu clímax, meu prazer escoa pelo ralo.

Em instantes meu deleite se torna dolorido.

O ranço de não te ter tido faz de mim um sofredor,

O prazer é suplantado pelo arrependimento,

O deleite perde para a ausência.

Foi só fantasia!